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Bem Mais Do Que Parece

Em nossa infância andávamos em bicicletas de vários tamanhos, inclusive as grandes. Eram bem maiores do que nós. No entanto, era o desafio que nos atraia àquela tentativa. A prova era de fogo, mas a gente conseguia. A sensação era de que podíamos tudo nesta vida. Nada poderia nos deter na trajetória de nossos corajosos passos. Pulávamos muros três vezes maiores do que a nossa altura. Subíamos em arvores fáceis e difíceis. Andávamos por tempo indeterminado e em direções desconhecidas. Éramos verdadeiros exploradores de tudo. Caminhávamos sob sol e chuva e sorriamos por estas e outras tolas razões. Olhávamos estupefatos os horizontes de nossa cidade por cima de telhados, muitas vezes de vizinhos e até de gente que sequer conhecíamos. Tínhamos apelidos que nos caracterizavam pelo tipo físico e pelo comportamento: gordo, magro, capitão, nenê, louco etc. Era uma marca registrada e a defendíamos com unhas e dentes. Pouco medo e muita ousadia. Coisas típicas da meninice.

Crescemos. Nos tornamos pensadores e cheios de regras para a existência de um adequado convívio social. Nos controlamos para não impressionar negativamente os outros. Medimos os atos regularmente. Temos medo de arriscar para não passar vergonha. Na hora de aprender nas salas de aula, nos calamos para não pagar mico. No trabalho, idéias ficam guardadas e perdem o seu valor prático porque não as expomos, com receio de sermos ridicularizados, afinal, porque uma boa solução ou sugestão criativa nasceria em nós? Elas normalmente brotam de especialistas no assunto. Puxamos o freio de mão pessoal e quando aceleramos, avançamos até a segunda marcha. Temos motor de sobra, contudo, ele não é experimentado. Não como anteriormente, na infância.

É uma questão de cabeça. A maneira como pensamos e cremos sobre a forma de viver define a velocidade e o limite da estrada da própria vida. Pouco nos arriscamos em fazer mediante coisas maiores do que nós. Novos cargos e empregos. Novas amizades, independentemente de serem tão diferentes do que estamos acostumados. Viagens distantes. Parcerias. Ações sociais e humanitárias. A bicicleta é grande, então, desistimos. Nos frustramos e impedimos o crescimento da auto-estima e das capacidades existentes. Ficamos chatos e reduzidos à bem menos do que podemos. Estabelecemos a nós mesmos pouca esperança com relação ao desenvolvimento. E assim o fazemos por causa da mentalidade que criamos a respeito da vida adulta. Nela, devemos permanecer mansos e repetitivos. Pouca ação e bastante rotina. Não optamos pelo equilíbrio, decidimos extremar e assim sendo, comprometemos em boa dose o restante de vida e evolução a que temos direito.

Repense sobre cada coisa boa que o fez se sentir melhor durante o tempo em que arriscava e pagava com orgulho o preço dos erros e se vangloriava pelo sucesso. Ser adulto não impede que sejamos ousados e exploradores de novas situações e sejamos recompensados por resultados inéditos. Consideremos ainda que os nossos filhos observam a nossa maneira de viver. Servimos de exemplo e os influenciamos em seu futuro. A vida oferece bem mais do que parece ser.
Autor: Armando Correa de Siqueira Neto

fonte: NetSaber

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Assistência de enfermagem em clientes vitimas de queimaduras

AUTORES:
Lopes.L.Q.M; Oliveira.E.S

ORIENTADORA(S):
Tanji.S; Cordeiro, MNC 
INTRODUÇÃO

A pele é o mais extenso órgão do corpo humano, protegendo-o contra a invasão de microrganismos, contra  perdas excessivas de água e eletrólitos, e contra traumas físicos. Participa da produção de hormônios e secreção de substâncias, da  metabolização da vitamina D, na termorregulação e na recepção de estímulos do ambiente.  Em caso de comprometimento da sua integridade como a queimadura, a função de todos os sistemas do corpo estará afetada e as defesas do organismo estarão limitadas, favorecendo a ocorrência de infecção. A prevenção e o controle de infecção em pacientes portadores de queimaduras revestem-se de importância e impacto na qualidade da assistência, por se tratar de situações que envolvem atendimento de alto risco, além de ser uma das exigências para o êxito terapêutico.

OBJETIVO GERAL

Identificar e analisar as medidas adotadas para a prevenção e controle das infecções na assistência ao paciente portador de queimaduras.

OBJETIVO ESPECÍFICO

Identificar os cuidados oferecidos pelos profissionais na assistência ao paciente portador de queimaduras.

Estabelecer plano de promoção, prevenção e recuperação da saúde do indivíduo em situações críticas.

METODOLOGIA

Estudo de caso, tendo como lócus de investigação a unidade no hospital das clinicas de Teresópolis Constantino Otaviano situado no Rio de Janeiro no município de Teresópolis. Em um período de março a maio de 2007 , nas unidades de clinica cirúrgica e ambulatório geral de cirurgia . A pesquisa será feita com profissionais de enfermagem( técnicos e enfermeiros ) a fim de melhorar a assistência de enfermagem aos clientes vitimas de queimaduras. O instrumento da pesquisa será um questionário contendo apenas questões abertas (apêndice A) e observação sistemática. Para a coleta de dados será confeccionado um termo de consentimento livre e esclarecido , atendendo a resolução 196/96 do Ministério da Saúde.

Resultados

A pesquisa nos mostra que as luvas foram os EPI mais utilizados pelos profissionais de enfermagem, que relataram utilizar com maior freqüência. Somente dois fizeram referência ao uso de luvas estéreis. O capote vem em seguida na freqüência de utilização. Este EPI é mais adotado pela equipe de enfermagem que atua na unidade de internação, A lavagem de mãos também foi um dos itens pelos profissionais para prevenir e controlar as infecções na área  queimada. Dentre os que responderam, somente dois profissionais que realizam o 1º curativo executam a lavagem das mãos antes e após o curativo. Os demais não especificaram o momento e outros relataram lavar apenas antes de realizá-lo. O uso de EPI foi citado como uma das medidas mais utilizadas na prevenção e controle das infecções hospitalares pelos profissionais durante o banho três profissionais descreveram o uso de sabonete individual eum, o uso de água corrente para a realização do banho recomenda, simplesmente, a limpeza com água e sabão, sendo muito importante deixá-lo sobre as lesões. Por outro lado CABRAL & GOMES (1999) recomendam lavar a área queimada com água corrente e soluções à base de Clorexidine. Percebemos que a maioria dos profissionais estão conscientes da importância e necessidade desse procedimento, principalmente quando realizado entre o contato com pacientes diferentes.

Conclusão

É relevante destacar que diante os resultados apresentados a necessidade de atualização da equipe de enfermagem no desenvolvimento do cuidado com clientes vítima de queimaduras. Entretanto, o contato com a realidade assistencial em hospitais gerais tem nos revelado o quanto ainda temos a avançar na adoção de medidas de prevenção e controle de infecção, bem estabelecidas na literatura. Na realidade assistencial é freqüente observarmos uma dicotomia entre a teoria e a prática.

PALAVRAS CHAVES: queimaduras, prevenção e controle

REFERENCIAS
infecção hospitalar : manual prático
www.saude.rj.gov.br/queimados

Autor: Luciane Quintanilha Lopes Machado

fonte: NetSaber